Total de visualizações de página

terça-feira, 15 de março de 2011

Tempo,relativamente pessoal.

Por várias vezes me senti na vontade de desistir.Quando isso sinto,reflito.
E um pensamento acaba por reaviver um outro pensamento e quando minha mente volta ao corpo a desistência se esvai,e então,percebo que estou tomada por algo novo e que me faz querer seguir.
Muitas vezes o seguir é impossível.
Por várias vezes acabo recebendo críticas de pessoas próximas.Bem,isso é normal e gratificante,porque aquele que não é criticado não muda,quem não muda não evolui e por conseguinte não cresce e tende a ser "o nada".
Muitas vezes "o nada" é enlouquecedor.
Por várias vezes noto que não sou a mesma pessoa que fui a segundos atrás. Por mais que eu tente não consigo reagir da mesma forma a vários ambiente e nem a várias pessoas. As pessoas acham estranho a minha bipolaridade tão explícita e acabam por me denominar por vários adjetivos que particularmente eu adoro. Como louca,falsa,com personalidade fútil,etc. Adjetivos chulos por sinal,nada de muito surpreendente.
Pois particularmente pouco me surpreende,tudo é relativo.
Por várias vezes eu me encontro numa paradoxa visão do tempo. O tempo é "o algo" mais odioso da minha existência. Mas também o mais amoroso. O tempo é capaz de ser o vilão e o herói ao mesmo segundo. E também é capaz de ser nada. É capaz de ser vazio e cheio. Doce e cruel. Insano e equilibrado. Popular e particular. Mas ainda sim sabe tornar o particular em popular.
Quando estou parada observando,o que é algo repetitivo em minha vida, chego a conclusão de que eu não sou dona de mais de 75% do meu tempo. Quando era menor de idade meus pais que organizavam como,onde,com quem eu deveria gastar meu tempo. Agora é o estudo e o trabalho. É o empresário de ônibus que determina que horas devo me organizar para estar na parada a esperar o ônibus. É a garçonete que serve meu almoço que faz eu muitas vezes perder tempo. É a chuva que atrapalha meus passos pela calçada. São as pessoas mal-educadas que tomam de conta das ruas como se dela fossem donas e se tranformam em impecilhos para a minha passagem que deveria ser tranquila.
Talvez até o pombo que fica procurando comida pelas fendas das passagens sejam mais donos do meu tempo.
O sono que me toma a quase toda noite e que determina até quando sou capaz de executar meus trabalhos é dono do meu tempo.
Quisera eu ter a escolha de quando eu deveria dormir,de quando eu deveria trabalhar,de quando eu deveria estudar,comer,falar,respirar.Mas já é da natureza humanda obedecer. Alguns mais,outros menos.
E o mais odioso do tempo é que não posso recupera-lo. Qualquer esforço,mesmo proveitoso é tempo perdido, por mais que seja bem qualificada esse tal "perder de tempo" sempre será algo que não posso reaproveitar. E o que me resta é aceitar,porque lutar contra um inimigo invisível é impossivél.

Alícia Matos Öberg.

Nenhum comentário:

Postar um comentário