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domingo, 20 de março de 2011

Índigo.

Índigo,olhar indigno.
Gosta de atormentar e me deixar ínfimo.
Me olha infinitesimalmente sem pestanejar.
Me faz perecer,infirmar.
Esses teus lençóis de algodão índigo,
Eu queria pertencer em tempo eterno.
Enquanto você me analisa com teus olhos índigos,eu permaneço inábil.
Enquanto passa teus lençõis de algodão índigo por meu pescoço,você permanece inalcançável.
E teus olhos tomam meu fim inalterado...
E agora dos teus olhos índigos eu sou o foco inamistoso,
De um corpo inanimado,inamovível,inauferível.

terça-feira, 15 de março de 2011

Tempo,relativamente pessoal.

Por várias vezes me senti na vontade de desistir.Quando isso sinto,reflito.
E um pensamento acaba por reaviver um outro pensamento e quando minha mente volta ao corpo a desistência se esvai,e então,percebo que estou tomada por algo novo e que me faz querer seguir.
Muitas vezes o seguir é impossível.
Por várias vezes acabo recebendo críticas de pessoas próximas.Bem,isso é normal e gratificante,porque aquele que não é criticado não muda,quem não muda não evolui e por conseguinte não cresce e tende a ser "o nada".
Muitas vezes "o nada" é enlouquecedor.
Por várias vezes noto que não sou a mesma pessoa que fui a segundos atrás. Por mais que eu tente não consigo reagir da mesma forma a vários ambiente e nem a várias pessoas. As pessoas acham estranho a minha bipolaridade tão explícita e acabam por me denominar por vários adjetivos que particularmente eu adoro. Como louca,falsa,com personalidade fútil,etc. Adjetivos chulos por sinal,nada de muito surpreendente.
Pois particularmente pouco me surpreende,tudo é relativo.
Por várias vezes eu me encontro numa paradoxa visão do tempo. O tempo é "o algo" mais odioso da minha existência. Mas também o mais amoroso. O tempo é capaz de ser o vilão e o herói ao mesmo segundo. E também é capaz de ser nada. É capaz de ser vazio e cheio. Doce e cruel. Insano e equilibrado. Popular e particular. Mas ainda sim sabe tornar o particular em popular.
Quando estou parada observando,o que é algo repetitivo em minha vida, chego a conclusão de que eu não sou dona de mais de 75% do meu tempo. Quando era menor de idade meus pais que organizavam como,onde,com quem eu deveria gastar meu tempo. Agora é o estudo e o trabalho. É o empresário de ônibus que determina que horas devo me organizar para estar na parada a esperar o ônibus. É a garçonete que serve meu almoço que faz eu muitas vezes perder tempo. É a chuva que atrapalha meus passos pela calçada. São as pessoas mal-educadas que tomam de conta das ruas como se dela fossem donas e se tranformam em impecilhos para a minha passagem que deveria ser tranquila.
Talvez até o pombo que fica procurando comida pelas fendas das passagens sejam mais donos do meu tempo.
O sono que me toma a quase toda noite e que determina até quando sou capaz de executar meus trabalhos é dono do meu tempo.
Quisera eu ter a escolha de quando eu deveria dormir,de quando eu deveria trabalhar,de quando eu deveria estudar,comer,falar,respirar.Mas já é da natureza humanda obedecer. Alguns mais,outros menos.
E o mais odioso do tempo é que não posso recupera-lo. Qualquer esforço,mesmo proveitoso é tempo perdido, por mais que seja bem qualificada esse tal "perder de tempo" sempre será algo que não posso reaproveitar. E o que me resta é aceitar,porque lutar contra um inimigo invisível é impossivél.

Alícia Matos Öberg.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estupro social.

As vezes mascara tua violência com películas de doçura.
Transforma a loucura em sanidade indolente.
O ébano,agora translúcido,manipula a tua gerontofilia.
Muitas vezes no ápice do medo se confunde com crianças pedofilas.
A liberdade estuprada,a mentira deturpada.
O social é inexistente,enquanto o homem rico for contente.
E nas lágrimas da irracionalidade eles afogam nossas "vidas".
Destroem as bases da sociedade e fazem nascer guerras e feridas.
O respeito falece enquanto as mágoas se revigoram.
A pobreza social prospera,enquanto os tartufos a ignoram.
E na dilaceração das estranhas sociais permaneço, molestado, descontente e hostil.
A felicidade desconheço e tão pouco sei onde encontrar.
Aquela sociedade está jogada na cama,com bondagens cruéis.
Ela tem seu intimo desfigurado,o suicidio talvez marcado no seu destino a sangrar.

Alícia Matos Öberg.

sábado, 5 de março de 2011

Malíciar,aliciar,Alícia....

Parta uma maçã no meio e a olhe. Aquela parte interna se assemelha ao intimo feminino. Fiquei imaginando a associação da maçã como simbolo de pecado. E imaginei que ela simboliza a malícia feminina, o desejo que o homem tem pela mulher e até o próprio desejo da mulher por si.
Para conseguir ver isso tem que ser uma pessoa bem maliciosa...
E já fizeram um trocadilho com esse meu pseudononimo e a palavra "aliciar" e eu ainda vou mais a fundo... "Alícia malícia..."

"De gestos tão exíduos,chegando quase a serem esqualidos,os teus quadris se retorcem...
Você mais parece uma serpente,querendo me envenenar com a coléra do teu prazer.
Eu sinto tua pele gélida,seda branca que me entorcepe com um exímio perfume.
Meu corpo trêmulo aliciado por teus olhos,corpo que você não deixa descansar.
O único ruído que ecoa é da minha voz a clamar que nunca me liberte dessa maliciosa escravidão.
Recorberta de tuas flores brancas,estou eu ,Alícia.
Um personagem escravizado maçantemente pelo ébano do teu poder escravizador e malicioso.
Uma doenã que disperta ao teu adormercer,um sonho louco,mas preciso.
O ponto culminante do teu amplexo.
O gosto mais pleno da satisfação dos teus sentidos."


Alícia Matos Öberg.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A subjetividade da legítima defesa.

Primeiramente o conceito de "legítimo" que é algo que não é ilícito. Por conseguinte o conceito de "defesa" que seria o desforço na proteção de algum bem,seja esse bem qualquer coisa desde a vida própria ou de um terceiro até uma propriedade.
E em análise lógica o conceito mais resumido de "legítima defesa" é a finalidade de encerrar uma agressão previa.
O ser humano como um animal qualquer ainda possui um instinto de defesa,muitas vezes quando se sente ameaçado,acuado a tendência é que deixe de lado a racionalidade que supostamente possui e tende a alguma reação que geralmente se caracteriza como truculenta,feroz,irracional...
O ponto chave é saber quando uma ação deixa de ser em legítima defesa para ser adotada como agressão. Mas o que eu quero expor não é esse ponto e sim como a legítima defesa se dirfarça no nosso cotidiano.
Essa ação de se defender é mascarada por inúmeras ações que podemos não achar relevantes,na minha opinião nem sempre a legítima defesa por surgir como uma agressão.
A exemplo disso posso citar um exemplo particular meu, muitas vezes quando mudo de ambiente me sinto invadida e agredida pelas novas circunstâncias que estou sendo colocada. Me sinto de certa forma violada dependendo do meu grau de animo de espirito, do ambiente que vou adentrar e até mesmo a forma de como eu constituí esse ambiente na minha mente se corresponde ao que eu esperava ou não.
A minha resposta a essa suposta agressão que sinto pode ser deixar o ambiente,me isolar no ambiente de forma que nada possa me constranger,posso ignorar o ambiente e até mesmo numa ação mais agressiva ironizar.
Quando falo de ambiente não me refiro somente aos objetos inanimados,mas também as pessoas.
Na minha concepção isso pode ser conferido como legítima defesa.
Outro exemplo que posso citar é a legítima defesa no relacionamento amoroso. Supondo que eu tenha um namorado e que este por sua vez me provoque algum tipo de ciúme com uma notória importância, esse ciúme posso considerar como uma agressão prévia. Ou ainda se ele me fizer uma desfeita,como por exemplo,me deixar falando sozinha numa festa que não conheço ninguém para ir comprimentar "umas amigas",ou levantar falso sobre mim,isso também posso considerar como agressão.Como poderia ser minha legítima defesa?
Terminar o namoro,trai-lo ou faze-lo passar por algo semelhante o que me fez,poderiam ser algumas alternativas.
Fique claro que eu não estou falando de uma legitima defesa juridica,pois esses exemplos nem se aplicam a tal. Estou falando de uma legítima defesa mais subjetiva,mais passional.
E como sempre termino com uma passagem lírica,aqui mais uma:

"O meu âmago estilhaçado,fossilizado por teus punhos que me causam estupor
Não se sente arrependido,ora pois até o mendigo tem o pleno direito a legítima defesa.
Se teu primórdio objetivo é de me escarnecer abrilhantando minhas deformidades,
Não te esqueças que uma mulher ferida também age em legítima defesa."

Esse poema saiu um pouco do meu padrão de rimas,mas até que não ficou tão mal.
Alicia Matos Öberg.

A arte da guerra.

"Quando os bens materiais forem abundantes,haverá contenda,quando houver contenda o povo não verá seus superiores como virtosos. Quando os bens forem poucos,o povo se inclinará em direção aos seus superiores e quando isto acontece,tudo o que há sob o céu os respeitará."


Acho eu que Sun Tzu jamais imaginaria que suas idéias iriam percorrer milênios e influenciar até os dias atuais.
A passagem acima é o melhor exemplo de que suas idéias ainda estão vivas no imaginário social.
Para que técnica melhor de dominar um povo do que deixa-lo pobre e à mercê da "bondade" de um líder?
Será que é nessa teoria que se inspiram os meus amigos petistas Dilma e Lula? Eu não sei,mas suspeito!
Outro exemplo bastante atual e discutido é sobre o Egito, egipcios pobres e manipulados,visto como povo mais pacífico existente e com dotes de continuidade chega ao seu estopim de insatisfação e rebela-se!
Ora,para que exemplo melhor que a politica  romana do Pão e Circo?
Não tenho muito mais que me prolongar,além do que não quero polemizar.
Apenas vou citar uma pequena passagem que elaborei:

"E por deveras rosas me tras,porque não me tiras teus espinhos?
E por deveras vezes diz que ama esta terra,porque a aduba com carne e sangue?"


Alicia Matos Öberg.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Viva a Poliandria! Abaixo a Poliginia!


Eu como defensora do feminismo fico horrorizada ao me deparar com alguns livros ou techos sejam históricos ou não.
Ao longo do tempo são poucas as exaltações da mulher na história,ao contrário, há um intenso androcentrismo em quase todas as vírgulas citadas desde que surgiu vida neste mundinho.
Eu estava relembrando de alguns assuntos que estudei faz alguns anos... E vi a uma passagem que me marcou bastante hoje,pois antes quando eu não tinha muita concepção de mundo, qualquer teoria era descartável para mim.
A passagem se tratava do choque cultural do qual sofreu o europeu ao se deparar com a poligamia do índio brasileiro.Mas o que mais se tornou notório pra mim foi quando ele citou a poliandria.
Sim.. A Poliandria é o oposto da poligamia,ou seja,a mulher tinha total liberdade de ter quantos maridos quisesse e isso não era mal visto pela sociedade indigena.
Os europeus com as suas catequeses e ensinamentos tentaram abolir do consciente indigena essas práticas.
E acho que deu certo... Porque hoje quando uma mulher trai o seu parceiro é julgada como uma espécie desqualificada de qualquer respeito perante a sociedade, já o homem que trai geralmente é exaltado como um grande "macho",o sedutor e irresistivel e muito raramente é julgado como uma prática ruim.
Mas desde que o feminismo foi injetado na sociedade essa visão começou a mudar,claro que de forma demasiadamente lenta,o que me entristece muito.
Antes que eu esqueça a poliginia é praticamente o sinônimo de poligamia.
Se fosse um machista retrogrado escrevendo nesse blogger até imagino como seria este post... Acho que iria começar assim : "Uma falta de vergonha... bla bla bla".

Esses dias não estou com muita paciência para incrementar meus textos,estou aderindo a uma linguagem mais direta e de fácil compreensão. Espero que seja aceitável.

Alicia Matos Öberg.



Abaixo um trecho que vi no site espanhol falando de estudos sobre a poliandria e que essa prática é necessária para salvar espécies em extinção:

"Según últimos estudios es la Poliandria la encargada de evitar la extinción de especies. Que las hembras tengan múltiples parejas, denominado 'Poliandria', se encuentra en la mayoría de especies animales, desde los insectos a los mamíferos. El estudio sugiere que la Poliandria reduce el riesgo de que las poblaciones se extingan debido a generaciones de sólo hembras."