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sexta-feira, 4 de março de 2011

A subjetividade da legítima defesa.

Primeiramente o conceito de "legítimo" que é algo que não é ilícito. Por conseguinte o conceito de "defesa" que seria o desforço na proteção de algum bem,seja esse bem qualquer coisa desde a vida própria ou de um terceiro até uma propriedade.
E em análise lógica o conceito mais resumido de "legítima defesa" é a finalidade de encerrar uma agressão previa.
O ser humano como um animal qualquer ainda possui um instinto de defesa,muitas vezes quando se sente ameaçado,acuado a tendência é que deixe de lado a racionalidade que supostamente possui e tende a alguma reação que geralmente se caracteriza como truculenta,feroz,irracional...
O ponto chave é saber quando uma ação deixa de ser em legítima defesa para ser adotada como agressão. Mas o que eu quero expor não é esse ponto e sim como a legítima defesa se dirfarça no nosso cotidiano.
Essa ação de se defender é mascarada por inúmeras ações que podemos não achar relevantes,na minha opinião nem sempre a legítima defesa por surgir como uma agressão.
A exemplo disso posso citar um exemplo particular meu, muitas vezes quando mudo de ambiente me sinto invadida e agredida pelas novas circunstâncias que estou sendo colocada. Me sinto de certa forma violada dependendo do meu grau de animo de espirito, do ambiente que vou adentrar e até mesmo a forma de como eu constituí esse ambiente na minha mente se corresponde ao que eu esperava ou não.
A minha resposta a essa suposta agressão que sinto pode ser deixar o ambiente,me isolar no ambiente de forma que nada possa me constranger,posso ignorar o ambiente e até mesmo numa ação mais agressiva ironizar.
Quando falo de ambiente não me refiro somente aos objetos inanimados,mas também as pessoas.
Na minha concepção isso pode ser conferido como legítima defesa.
Outro exemplo que posso citar é a legítima defesa no relacionamento amoroso. Supondo que eu tenha um namorado e que este por sua vez me provoque algum tipo de ciúme com uma notória importância, esse ciúme posso considerar como uma agressão prévia. Ou ainda se ele me fizer uma desfeita,como por exemplo,me deixar falando sozinha numa festa que não conheço ninguém para ir comprimentar "umas amigas",ou levantar falso sobre mim,isso também posso considerar como agressão.Como poderia ser minha legítima defesa?
Terminar o namoro,trai-lo ou faze-lo passar por algo semelhante o que me fez,poderiam ser algumas alternativas.
Fique claro que eu não estou falando de uma legitima defesa juridica,pois esses exemplos nem se aplicam a tal. Estou falando de uma legítima defesa mais subjetiva,mais passional.
E como sempre termino com uma passagem lírica,aqui mais uma:

"O meu âmago estilhaçado,fossilizado por teus punhos que me causam estupor
Não se sente arrependido,ora pois até o mendigo tem o pleno direito a legítima defesa.
Se teu primórdio objetivo é de me escarnecer abrilhantando minhas deformidades,
Não te esqueças que uma mulher ferida também age em legítima defesa."

Esse poema saiu um pouco do meu padrão de rimas,mas até que não ficou tão mal.
Alicia Matos Öberg.

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